Os casos de alergias costumam se manifestar nos olhos como uma conjuntivite alérgica. Essa condição é bastante frequente e é uma causa comum de desconforto ocular.
Vamos a alguns números:
- sua forma crônica pode acometer até 30% das crianças;
- até 50% das crianças passam por pelo menos um episódio de conjuntivite alérgica aguda por ano;
- os quadros de alergia são 2 a 3 vezes mais comuns em meninos.
Existem algumas formas de conjuntivite que chamamos de perenes, ou seja, estão presentes durante o ano todo. Por outro lado, há casos em que as manifestações costumam se concentrar em alguma época do ano, geralmente associada a alterações ambientais, como ocorre na primavera com as plantas e pólen, por exemplo.
A alergia não costuma ser causada por um agente específico (principalmente nas formas crônicas), embora existam situações e épocas do ano de piora. O que ocorre é uma maior sensibilidade do paciente aos estímulos ambientais.
Pacientes com conjuntivite alérgica podem apresentar diversas queixas, mas a principal é a coceira nos olhos. Vermelhidão, desconforto com a luz, edema (inchaço) nas pálpebras e até dificuldade de visão em casos graves podem estar presentes também.
A associação com outras alergias é muito comum, sendo as mais frequentes as do trato respiratório e pele. Em alguns casos, as manifestações oculares ocorrem concomitantemente com as do resto do corpo, mas elas podem aparecer em momentos diferentes também. O acompanhamento conjunto com o pediatra é muito importante!
A gravidade costuma ser muito variável: vemos desde pacientes com forma leve até outros com doenças graves, que podem ter prejuízo importante na visão e na qualidade de vida e que demandam um acompanhamento mais próximo.
Medidas de controle, como evitar os “gatilhos” que costumam desencadear a alergia, são uma parte importante do tratamento. Além disso, a lavagem frequente de mãos deve ser sempre estimulada.
É fundamental orientar os pacientes a não coçar os olhos, pois isso é muito prejudicial para a saúde ocular!
O tratamento consiste em uso de colírios e medicamentos antialérgicos e é prescrito conforme as necessidades de cada paciente. Existem opções para os casos de alergia aguda e para os crônicos. Além disso, temos alternativas para os casos leves, moderados e graves – por isso o acompanhamento regular é tão importante.
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