Uso de telas por crianças aumenta durante a quarentena

Com as mudanças que estamos vivendo, o uso de telas – celulares, tablets, computadores e televisão – tem aumentado muito entre as crianças e adolescentes. Além dos já conhecidos jogos e vídeos, esses equipamentos têm se tornado uma ferramenta ainda mais importante para as atividades escolares e até mesmo para encontros virtuais com amigos e parentes.

Sabemos que o uso de telas já era muito frequente e, com as mudanças na rotina, elas fazem cada vez mais parte da nossa nova realidade. É nosso dever entender as implicações dessas novidades, para que possamos aproveitar ao máximo seus benefícios. No entanto, precisamos também estar atentos para os possíveis riscos que elas trazem.

Do ponto de vista oftalmológico, o uso das telas tem repercussão a curto e longo prazo. Durante o uso, principalmente quando prolongado, podemos sentir irritação nos olhos, ressecamento e dores de cabeça. Isso costuma ser passageiro, uma vez que tenhamos um período de descanso.

A longo prazo, por outro lado, temos observado alterações que podem ser definitivas. O uso das telas está fortemente associado ao aparecimento de miopia (tipo de grau que geralmente leva à dificuldade visual para longe) – e já se fala há alguns anos sobre uma pandemia de miopia relacionada a isso. Devemos salientar que o olho míope não tem relação apenas com a necessidade de óculos, mas aumenta também a chance de outras alterações como glaucoma, catarata e doenças na retina.

Ainda com relação às sequelas oculares a longo prazo, estudos recentes têm demonstrado que alguns tipos de estrabismo podem ser precipitados por uso prolongado de eletrônicos muito perto dos olhos. Além disso, podem ocorrer alterações na musculatura ocular que dificultam e tornam mais lenta a leitura.

Devemos lembrar que não só os olhos são afetados pelo uso das telas. Muito se tem pesquisado sobre as repercussões do uso dos eletrônicos pelas crianças, que inicia cada vez mais cedo e se torna cada vez mais intenso. Alguns estudos já demonstraram que existe um aumento considerável do aparecimento de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade em crianças muito expostas às telas. Além disso, o uso excessivo dos eletrônicos está associado a aumento do sedentarismo, obesidade, irritabilidade / ansiedade, transtornos posturais e distúrbios no sono.

A Sociedade Brasileira de Pediatria possui um manual com orientações relativas ao uso de telas. São elas:

  • Evitar a exposição de crianças menores de 2 anos às telas;
  • Crianças com idades entre 2 e 5 anos, limitar o tempo de telas ao máximo de 1 hora/dia;
  • Crianças com idades entre 6 e 10 anos, limitar o tempo de telas ao máximo de 1-2 horas/dia;
  • Adolescentes com idades entre 11 e 18 anos, limitar o tempo de telas e jogos de videogames a 2-3 horas/dia;

Sabemos o quanto é difícil manter as crianças longes das telas, ainda mais no momento atual. No entanto, a informação dos potenciais riscos do uso dos eletrônicos tem que ser conhecida pelos pais.

É importante conversar com o pediatra e o oftalmologista sobre recomendações específicas para cada paciente (elas dependem do exame oftalmológico, suas atividades e história familiar) e receber orientações sobre o uso seguro das telas.

Cabe aos pais a missão de sempre supervisionar o uso das telas, servir de exemplo para os filhos e apresentar alternativas ao uso dos eletrônicos. Com conhecimento e os cuidados necessários, podemos desfrutar de todos os benefícios da tecnologia, enquanto minimizamos os riscos associados.

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