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Saiba Mais sobre:

OFTALMOPEDIATRIA:

Oftalmopediatra é o profissional habilitado a acompanhar a maturação visual em todas as suas fases. Sua atuação é voltada para prevenção, identificação precoce e tratamento de condições que podem atrapalhar o desenvolvimento da visão.

Crianças não nascem com a visão que os adultos têm – elas precisam aprender a enxergar.

O primeiro exame oftalmológico deve ser realizado entre 6 e 12 meses de idade. Após a primeira consulta, será estabelecida a rotina de revisões necessárias para cada paciente, que geralmente é de uma consulta por ano.

Prematuridade, alterações durante a gestação, história na família de doenças oculares ou qualquer alteração identificada pelo pediatra são critérios para antecipar a primeira consulta oftalmológica ao oftalmopediatra.

Geralmente no primeiro encontro de oftalmopediatria são realizados alguns procedimento:

- Teste de visão e exame do grau (refração)

- Pesquisa de estrabismo e alterações na movimentação ocular – mesmo alterações sutis podem levar a queixas de dor de cabeça e podem atrapalhar o desenvolvimento, prejudicando a leitura e a escrita

- Teste de cores e de visão 3D

- Mapeamento de retina (fundo de olho)

É importante saber que o exame pode ser realizado mesmo que a criança ainda não fale ou leia. Nesses casos, avaliamos o comportamento do paciente e seu interesse enquanto demonstramos objetos específicos. Quando necessário, dispomos de métodos para quantificar a visão, mesmo em recém-nascidos.

Tratamentos Realizados na oftalmopediatria:

Os casos de alergia costumam se manifestar nos olhos como uma conjuntivite alérgica.

Essa condição é bastante frequente, pode acometer até 30% das crianças e é uma causa comum de desconforto nos olhos.

Algumas informações importantes:

É frequente que os pacientes apresentem outras formas de alergia concomitantes (como rinite, asma, doenças de pele) e o acompanhamento conjunto com o pediatra é muito importante.

É fundamental orientar os pacientes a não coçar os olhos, pois isso é muito prejudicial para a saúde ocular!

Medidas de controle, como evitar os “gatilhos” que costumam desencadear a alergia, são uma parte importante do tratamento. Além disso, a lavagem frequente de mãos deve ser sempre estimulada.

O tratamento consiste em uso de colírios e medicamentos antialérgicos e é prescrito conforme as necessidades de cada paciente.

Catarata é uma opacidade em uma lente natural que possuímos dentro do olho, chamada de cristalino.

Existem casos congênitos e outros que se desenvolvem durante a infância.

Como saber se um paciente possui catarata:

Quando existem casos na família de catarata em outras crianças, é fundamental levar o paciente para consulta ainda no primeiro mês de vida.

 

O tratamento da catarata é com frequência cirúrgico, mas há casos em que observamos que ela não está comprometendo o desenvolvimento visual e optamos por outras modalidades de tratamento, como uso de tampão, óculos ou, até mesmo, acompanhamento (sempre de perto).

Vamos saber um pouco mais sobre os erros refrativos mais comuns:

É um tipo de grau que costumamos encontrar com frequência em crianças, isso porque ela tem relação com o fato de o tamanho do olho ser pequeno. Geralmente, a medida em que o olho cresce, o grau de hipermetropia vai reduzindo gradativamente. A hipermetropia, quando não se apresenta em graus elevados, não costuma causar dificuldade de visão. Graus um pouco mais altos, por sua vez, podem levar a dificuldade visual (mais frequentemente para perto) e dor de cabeça.

Por outro lado, está associada a problemas de visão para longe. Mesmo graus mais baixos geram alguma dificuldade – o que não quer dizer que os pacientes sempre vão precisar de óculos, pois nem todos têm uma demanda tão grande na visão de longe. A miopia é geralmente encontrada em indivíduos com olhos maiores (falamos em olhos menores na hipermetropia e maiores na miopia, mas essa diferença não é visível a olho nu - são poucos milímetros de diferença).

Essa relação do tamanho do olho com o grau é uma simplificação, já que outras estruturas oculares também influenciam nisso. Entre elas, uma das mais importantes é a córnea, que é a primeira camada do olho e fundamental para que tenhamos uma visão nítida. São alterações na córnea as principais responsáveis pelo terceiro tipo de erro refrativo – o astigmatismo.

 

A córnea geralmente tem um formato esférico (como uma bola de futebol). Quando acontece de ela ter dimensões diferentes no eixo horizontal e vertical (lembrando uma bola de futebol americano, por exemplo), temos como resultado o astigmatismo. Esse tipo de erro refrativo pode causar distorção das imagens tanto para longe quanto para perto e, quando necessário, fazemos a correção com óculos ou lentes de contato.

Além desses erros refrativos, existem casos em que o paciente possui uma diferença de grau importante entre os olhos – isso é conhecido como Anisometropia. Essa é uma das razões pelas quais as consultas de revisão são importantes. É frequente que não se perceba que o paciente não enxerga bem de um dos olhos se o outro estiver funcionando e esses casos podem evoluir com baixa de visão definitiva no olho acometido (é o que se costuma chamar de olho preguiçoso). O tratamento, quando instituído precocemente, tem grande chance de recuperação da visão nessas situações.

O glaucoma não é frequente em crianças, mas, devido à sua gravidade, assume papel importante dentre as causas de cegueira e baixa visão na infância.

O que devemos saber:

Buftalmo – um crescimento exagerado do olho, geralmente perceptível a olho nu;


Edema de córnea – a córnea é a parte mais externa do olho e deve ser transparente. No glaucoma, ela assume um tom azulado ou esbranquiçado;

Lacrimejamento e fotofobia – esses sintomas são frequentes em casos de glaucoma congênito. Importante ressaltar que a grande maioria das crianças com lacrimejamento não tem glaucoma! Isso deve apenas nos alertar, não preocupar.

O tratamento do glaucoma congênito é cirúrgico.

São casos de glaucoma que aparecem durante a infância e adolescência. Esses casos costumam ser assintomáticos – ou seja, quem tem a doença não sente nada – por muito tempo, por isso a importância de consultas regulares com o oftalmologista. A medida da pressão dos olhos dos pacientes com esse tipo de glaucoma frequentemente está alterada, o que só pode ser identificado em consulta. O tratamento envolve o uso de colírios para baixar a pressão dos olhos e cirurgia nos casos mais avançados.

 

Existem ainda formas de glaucoma associadas a malformações oculares e doenças sistêmicas. Esses casos são raros e o diagnóstico geralmente é feito após um pedido de avaliação oftalmológica pelo pediatra (que sabe as doenças que podem ter associação com glaucoma) ou uma consulta de revisão com oftalmologista.

A obstrução congênita de via lacrimal acontece em aproximadamente 5% dos recém-nascidos. A boa notícia é que 90% dos casos têm resolução espontânea até 1 ano de vida.

 

Os pacientes geralmente apresentam lacrimejamento excessivo, que pode ser em 1 ou nos 2 olhos. É comum que o olho da obstrução apresente secreção durante o dia e acorde “grudado”.

 

É válido agendar uma consulta com oftalmologista quando se percebe o lacrimejamento. Geralmente não é preciso solicitar nenhum exame adicional, sendo a conversa com os pais e o exame físico suficientes para firmar o diagnóstico e, com isso, fornecer as orientações e os cuidados necessários.

Além da retinopatia da prematuridade, tem outras questões que merecem atenção quando falamos da saúde ocular dos prematuros!

É muito importante um acompanhamento conjunto do oftalmologista com o pediatra, já que a maturação da visão é uma das habilidades que devemos acompanhar e sabemos que o desenvolvimento neurológico dos prematuros tem suas particularidades, principalmente no primeiro ano.

Pacientes prematuros têm uma chance maior de desenvolver alterações oculares, principalmente estrabismo e erros refrativos (com destaque para a miopia). Essas condições, quando identificadas precocemente, costumam ter um resultado muito melhor do que se diagnosticadas depois de muito tempo do aparecimento.

Sugerimos uma primeira consulta com oftalmologista com 6 meses de vida para os pacientes prematuros, a não ser que o pediatra solicite antecipação da consulta por alguma razão (lembrando que alguns pacientes são avaliados ainda no hospital pelo oftalmologista e, nesses casos, o seguimento é combinado caso a caso).

Quando os pacientes nascem prematuros, os olhos não estão completamente formados ainda. Existe uma doença que ocorre quando há uma dificuldade com essa formação, que é a retinopatia da prematuridade.

Crianças nascidas com menos de 32 semanas de idade gestacional ou menos de 1.500 gramas estão em maior risco para essa condição e são, por isso, sempre acompanhadas por um oftalmologista durante a internação na unidade neonatal e seguidas ambulatorialmente após a alta.

A doença afeta principalmente a retina (um tecido que lembra um filme, que recobre todo o interior do olho e é o principal responsável pela formação das imagens que são enviadas ao cérebro) e seus vasos sanguíneos, de modo que atrapalha a completa formação do olho.

Nem todos os pacientes que desenvolvem a retinopatia da prematuridade precisam de tratamento – na verdade, isso ocorre em uma minoria dos casos. A maioria vai ser acompanhada de perto pelo oftalmologista e terá uma resolução espontânea. A partir de então, vai ser feito um acompanhamento oftalmológico de rotina, com maior intensidade devido ao fato de o paciente ter sido prematuro – o que implica maiores cuidados com a saúde ocular a longo prazo.

Já nos casos mais graves, a complicação mais temida é o descolamento de retina e a cegueira. Felizmente, o tratamento, quando indicado e realizado no momento certo, tem uma taxa de sucesso alta. Ele consiste na aplicação de laser na retina e reduz de maneira significativa o risco de descolamento da mesma.

Hoje em dia temos ainda alternativa de realizar aplicação de medicamentos dentro do olho (um procedimento conhecido como injeção intravítrea) como opção de tratamento para algumas formas graves de retinopatia da prematuridade.

O tampão (ou oclusor) costuma ser indicado em casos nos quais percebemos uma diferença de visão entre os olhos – nessas situações, o olho com a visão mais fraca (chamado de olho amblíope, ou preguiçoso) deve ser estimulado. O tampão é então empregado para ocluir o olho que está enxergando melhor, com o objetivo de “forçar” o outro olho.

 

As causas mais frequentes para essa diferença de visão entre os olhos são o estrabismo e os erros refracionais (“graus de óculos”), além de outras menos frequentes como catarata, glaucoma, malformações oculares.

Sem dúvida nenhuma, o uso do tampão é um desafio para os pais. Tentamos ao máximo passar orientações na consulta que facilitem o tratamento, que variam conforme a idade do paciente, sua adesão prévia e a rotina familiar.

 

Alguns Pontos Gerais:

O teste do reflexo vermelho, conhecido como teste do olhinho, é uma ferramenta para rastreio de doenças oculares na infância – a intenção é identificar problemas oculares precocemente e, com isso, permitir um tratamento com maior chance de sucesso.

 

Ele é realizado pelo pediatra ainda na maternidade e deve ser repetido nas consultas de revisão. Todos os casos em que o pediatra identifica alguma alteração devem ser avaliados por oftalmologista assim que possível.

Caso o pediatra informe que houve alteração ou dúvida no teste do olhinho, uma avaliação com oftalmologista é obrigatória (alguns hospitais possuem oftalmologista em seu corpo clínico e essa primeira avaliação é realizada ainda na maternidade. Caso essa não seja a situação e seja necessário agendar uma consulta, é recomendável explicar isso no agendamento, para que a consulta não demore mais do que o necessário);

É importante saber que o resultado alterado não significa necessariamente um problema nos olhos. O resultado do teste quer dizer que aquele paciente precisa de uma avaliação com oftalmologista. É comum que o teste do olhinho esteja “falsamente alterado”, ou seja, o paciente na verdade não tem nenhum problema.

 

  • Outras vezes, no entanto, realmente vamos encontrar alterações durante a avaliação oftalmológica. Dentre elas, citamos (não são todas as causas, mas as mais frequentes, ou mais importantes devido à potencial gravidade):
  • Catarata congênita
  • Glaucoma congênito
  • Retinoblastoma (um tumor ocular)
  • Erro refracional (“grau de óculos”)
  • Infecção congênita (toxoplasmose, sífilis, etc.)
  • Malformações oculares

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